Você já
parou para pensar o quanto difícil é ser uma pessoa inquieta?
Quando me
refiro a ser inquieto, me refiro a possuir um cérebro que nunca “desliga”, uma
personalidade que nunca “relaxa”, aos que vivem para aguardar o futuro, aos que
nunca estão contentes, aos que vivem sonhando com algo novo sem curtir o
bastante os sonhos já realizados, aos que exigem demais de si próprios que as vezes se
cansam de si mesmo.
Conversando
com uma colega de trabalho essa semana, que é canadense, ela me disse que se impressiona
consigo mesmo, pois nunca está feliz, sempre quer algo mais, sempre diz que
ficará contente quando atingir o objetivo X e quando o atingi em 5 minutos já
parte para o próximo desejo e assim a vida segue. Cometei que acredito que é a
nossa geração, somos a geração das mentes inquietas, geração dos descontentes,
nada nunca é o suficiente e estamos sempre vivendo no futuro, nunca no
presente.
Comentei com
ela que quando viajei a Tailândia no ano passado, me impressionei com o quanto
feliz é a população, de que acredito que o sentimento e a paz de espírito de
conseguir encontrar a felicidade diariamente nas pequenas coisas deve ser algo
realmente maravilhoso, o que você sente quando chega em um lugar onde os
valores ainda são verdadeiros, ainda
fazem parte do ser feliz com o que você possui, de não deixar que a preocupação
de como será o futuro apague o brilho e a importância do dia de hoje é
maravilhosa e inexplicável. Nunca pensei que fosse me impressionar tanto com a
cultura, os valores, as atitudes, a forma de encarar a vida de uma população como
me apaixonei com a Tailândia.
Chegamos à conclusão de os seres inquietos são
“filhos” das sociedades desenvolvidas, pois as nações subdesenvolvidas se
contentam com “menos”, conseguem valorizar muito mais o que possuem, não se
lamentam tanto pelo que não têm, possuem expectativas limitadas e mais
realistas, vivem contente e em paz no presente e encaram o futuro como algo “normal”.
Existe uma expressão
em inglês que eu adoro que diz Take it as it comes, no sentido de lidar com as
coisas quando elas acontecerem/conforme elas forem ocorrendo. Vai dizer que ter
a capacidade de pensar assim, de agir assim não é o sonho de muita, mas muita
gente? E agora te pergunto qual é a
receita, qual é o segredo para conseguir aderir a essa forma maravilhosa de ver
as coisas?
Eu tenho
tentado yoga, meditação, aromaterapia, comida terapia (como muito quando estou
ansiosa hehehe), amigo terapia (coitados dos meus amigos confidentes, falo mais
que a nega do leite hehehe) e até shopping terapia, mas nada tem funcionado.
Esse texto é
para te dizer que se você sofre da síndrome do inquieto, você não está sozinho
e que embora “sofremos” por sermos assim, fazemos parte da “fatia” revolucionária
desse mundão, pois a inquietação é capaz de nos levar a lugares maravilhosos, a
experimentar o desconhecido, a ariscar alto, a ir mais longe a viver uma vida
recheada de tentativas :)
O mundo precisa de seres inquietos, mas eu sonho com o equilibrio entre quem eu sou e quem o povo thailandes é!
Oi Adri, nossa, como eu te compreendo! Esses dias tb escrevi algo no meu blog, deste assunto, no qual entitulei INQUIETUDE. Assim como tu, como tua colega, eu, há muita gente "atropelando" as coisas, querendo mais e mais, mesmo quando atinge um objetivo. Isso é bom? Isso é ruim? Somente o nosso eu sabe dizer. Claro que é cansativo, mas se o que vale é o caminho e não a chegada, fica minha interrogação. Mas, eu penso que vale relaxar, e nao se preocupar tanto... um dia tudo, tudo, tudo isso acaba... Beijokas, querida! =]
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